Conservação ambiental e pobreza são incompatíveis


A reportagem abaixo retirada da BBC de Londres demonstra algo interessante sobre o que o Brasil pode oferecer no quisito de devastação das florestas brasileiras na atual ideologia política: nada.

Obviamente que sob o rigor de impostos que beiram os 40% do PIB associado ao alto custo de produção, a devastação e a exploração de recursos ambientais tornam-se os únicos meios de se manter competitivo no mercado internacional.


É bonito ver números econômicos e crescimento superior a 5% pra mostrar para os intelectuais e o povo admirado com seu presidente operário.


Os meios para se atingir estes valores e a falta de estímulo real por parte do governo nos leva a crer as razões pelas quais o crescimento econômico, no Brasil, associa-se ao crescimento da devastação.



Amazônia teve devastação 'inédita' no fim de 2007







Governo vinha comemorando redução no ritmo de desmatamento
Imagens de satélite do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) revelaram que a taxa de desmatamento da Amazônia voltou a crescer nos últimos cinco meses de 2007 e atingiu um nível sem precedentes desde o início do monitoramento em tempo real, há quatro anos.
As imagens confirmaram uma devastação de 3.235 km² no período, principalmente nos meses de novembro e dezembro nos Estados do Pará, do Mato Grosso e de Rondônia.
A taxa de desmatamento pulou de 243 km², em agosto, para 974 km² em novembro e 948 km² em dezembro.
"Até hoje, nunca tínhamos detectado um desmatamento dessa magnitude nos meses de novembro e dezembro", disse o diretor-geral do Inpe, Gilberto Câmara. "Nós nunca havíamos visto isso na Amazônia."
Área maior
Devido a restrições no sistema de monitoramento usado pelo Inpe para concluir a devastação de 3.233 km², acredita-se que o desmatamento pode ser ainda maior, chegando a 7 mil km² no período – o equivalente a cerca de 700 campos de futebol.
Segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a expansão do cultivo da soja e das áreas destinadas à pecuária e o fornecimento de árvores para as siderúrgicas de ferro-gusa podem estar por trás do aumento do desmatamento.
A ministra disse que o aumento do preço da madeira e das commodities estaria tornando o desmatamento ainda mais atraente.
"A realidade econômica desses Estados indica que essas atividades têm um impacto, sem dúvida, na floresta", disse.
O Estado do Mato Grosso foi o mais afetado pelo desmatamento, contribuindo com mais da metade da área devastada, 1.786 km².
O governo comemorou, por três anos consecutivos, a redução da devastação da Amazônia.
A devastação no período 2006/2007 havia sido de 11,2 km², menos da metade do desmatado em 2003/2004, 27,3 km².
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