Confiança: extinção do cimentante social

Uma comunidade, sociedade ou civilização, precisa de mínimos patamares de confiança para se compreender como um conjunto humano. Mesmo com os desvios de violência ou a propulsão coletiva da competição, é na confiança que se estabelece padrões mínimos para o desenvolvimento do senso de irmandade ou sobrevivência ante a um conjunto de seres que vivem em um ambiente.


Nossas bases de confiança são-ou eram!- os padres (pedófilos), os pais (assassinos), os idealistas (ver reportagem abaixo), os professores (racistas ou xenófobo - ver diretor da faculdade de medicina da UFBA).


Não é generalização diante a milhares de religiosos sérios e que amam seu "rebanho"; milhões de pais que dariam a vida pelos seus filhos- e não as retirariam pelo simples orgulho doentio; aos idealistas e professores que gostariam de levar a sociedade a plenitude de conhecimento e liberdade. Será a mídia a detentora da deturpação de nossas referências de confiança?


Há um sentimento estranho, que não povoava nossa mente a poucos anos. Não podíamos confiar em muita gente mas haviam seres humanos acima de qualquer suspeita. Eram nossas referências. O que gostaríamos de ser. Ainda acho que eles existem...

SERÁ QUE ELE PERDE A FORÇA? (Revista Época de 05 de maio de 2008)


Paulo Pereira da Silva começou a vida como jogador de futebol. Era meio-campista no time juvenil do Londrina, clube do interior paranaense. Trocou os campos de futebol pelos palanques dos sindicatos no começo dos anos 80. Primeiro, virou o Paulinho da Força Sindical, a segunda maior liga de sindicatos do Brasil, com mais de 3 milhões de trabalhadores representados. Em seguida, com o voto desse público, elegeu-se deputado federal pelo PDT, em 2006. Hoje, é um dos políticos com maior poder e cargos na máquina federal.
Os colegas de Paulinho no Congresso Nacional brigam para ter um ou outro cargo no governo? Pois ele controla o Ministério do Trabalho. O sonho de todo político é ter influência sobre a aplicação de dinheiro público? Paulinho tem dois homens de seu grupo de confiança instalados em dois dos maiores cofres estatais do país: o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES, R$ 80 bilhões para emprestar neste ano) e o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT, R$ 139 bilhões de patrimônio). Seu próximo alvo seria a Prefeitura de São Paulo. Seria. O sucesso de Paulinho agora parece seriamente ameaçado por sua própria ambição.
Há duas semanas, a Polícia Federal prendeu uma quadrilha acusada de exploração de prostituição e de fraudes em empréstimos no BNDES. De acordo com a PF, os integrantes do esquema procuravam políticos e empresários para oferecer acesso privilegiado a empréstimos do BNDES. Pelo suposto favorecimento, ficavam com 2% a 4% do financiamento. Paulinho não é acusado diretamente pela polícia. Mas, entre os presos, estão seu advogado, Ricardo Tosto, e seus assessores João Pedro Moura e Wilson de Barros Corsani Júnior. Em conversas telefônicas gravadas pela PF, Moura, Corsani e outros suspeitos mencionam o nome de Paulinho como uma das pessoas que receberiam parte da divisão da propina.
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