PT e GOP - as semelhanças não são simples coincidências: http://www.2beal.org/ 1. Escuta telefônica sem autorização judicial GOP/BUSH II: Ações do Department of Homeland Security em conluio com as companhias telefônicas. PT/LULA: Ações da Policia Federal em conluio com ABIN (Agência Brasileira de Inteligência). 2. Transferência de responsabilidades GOP/BUSH II: Guardas de Abu Ghraib. PT/LULA: Waldomiro Diniz, Delúbio Soares e José Aparecido. 3. Ocultação de documentos GOP/BUSH II: Arquivos do Gabinete do Vice-Presidente. PT/LULA: Compras feitas com cartões corporativos pela Presidência da República. 4. Transferência para os adversários da responsabilidade pela aprovação de políticas de governo julgadas impopulares GOP/BUSH II: Votação do Emergency Economic Stabilization Act of 2008 na Câmara dos Deputados. PT/LULA: Reforma da previdência de 2003, simplificação do art. 192 da Constituição Federal e nova lei de falências. 5. Conformação das normas conforme os negócios visados e não o contrário GOP/BUSH II: Reuniões secretas do National Energy Policy Development Group, de 2001, com executivos da Shell, Esso, Enron, Conoco e BP. PT/LULA: Fusão Oi-BrasilTelecom. 6. Ocupação da máquina pública por quadros desqualificados GOP/BUSH II: Designação de Joe Allbaugh para dirigir a FEMA (Federal Emergency Management Agency). PT/LULA: Designação de Jamil Haddad para a dirigir o INCA (Instituto Nacional do Câncer). 7. Demissões por motivos políticos GOP/BUSH II: 7 Procuradores do Departamento da Justiça, na gestão de Alberto Gonzales. PT/LULA: Luiz Guilherme Schymura, Presidente da Anatel. 8. Leniência com aliados suspeitos/condenados GOP/BUSH II: I. Lewis Libby Jr., Karl Rove e Dick Cheney no caso “Valerie Plame”. PT/LULA: Mensalão, dossiês Serra e FHC, quebra do sigilo do caseiro, etc. 9. Terceirização da política externa GOP/BUSH II: Atuação do IRI (International Republican Institute) no Haiti.* PT/LULA: Proeminência de Marco Aurélio Garcia nos assuntos sul americanos. 10. Existência de motivos para o impeachment do Presidente GOP/BUSH II: Abuso de poder, faltar com a verdade e violação dos direitos humanos e da Convenção de Genebra. PT/LULA: Corrupção, evasão de divisas e violação da lei eleitoral.
Você está em: Home » Corrupção » Gestão incompetente » Governo populista » Instituições públicas » Lula » Políticas »10 semelhanças entre os modos petista e republicano de governar
10 semelhanças entre os modos petista e republicano de governar
Posts Relacionados
2 Comentários:
- AlexandreAR disse...
-
O Reinaldo Azevedo é um crítico sempre muito severo mas nem por isso menos pertinente do modo petista de governar. No entanto, ele não tem demonstrado igual rigor com os republicanos, embora devessem ser evidentes para todos os malefícios que o GOP tem acarretado à ordem legal e institucional dos EUA. Usei a lista reproduzida neste post para tentar chamar a atenção daquele autor para essa questão, mas não obtive sucesso. Uma pena. Seria interessante se ele se manifestasse toda a totalidade do legado do governo Bush II e não somente sobre os aspectos que imagina virtuosos. Para registro, segue o meu comentário ao post "O amigo dos e-mails da madrugada e as eleições americanas", de 3/11/2008:
"Reinaldo, a sua defesa da candidatura republicana coloca uma questão que considero especialmente perturbadora. A sua crítica ao PT sempre primou pela defesa da ordem institucional. Muitos são os vícios da prática política petista e todos contribuem em alguma medida para nos tornar um país mais pobre em termos do respeito pela coisa pública e do apreço pela democracia liberal. Para mim, essa é uma questão de princípio e imaginava que você tivesse a mesma preocupação. No entanto, mesmo confrontado com as enormes e múltiplas disfunções da prática política republicana, muitas delas em tudo semelhantes com as do PT, você continua saindo em defesa do Governo Bush e do candidato McCain. Alguns exemplos das semelhanças a que me refiro:
1) O uso da guerra cultural como principal estratégia de ação política, sempre investindo na divisão do eleitorado e na desqualificação radical dos seus adversários;
2) A ocultação de documentos, como no caso dos arquivos do Gabinete do Vice-Presidente;
3) As demissões por motivos políticos, como no caso de sete procuradores na gestão de Alberto Gonzales;
4) A ocupação da máquina pública por quadros desqualificados, como no caso emblemático da FEMA;
5) A leniência com aliados suspeitos ou mesmo condenados, como no caso de I. Lewis Libby;
6) A terceirização da política externa, como no caso da atuação do International Republican Institute no Haiti;
7) A transferência de responsabilidades para os escalões inferiores, como no caso também emblemático dos guardas da prisão de Abu Ghraib;
8) A conformação da normas pelos negócios e não o contrário, como nas reuniões secretas do National Energy Policy Development Group, de 2001, coordenado pelo Vice-Presidente.
São situações com claras contrapartidas entre nós. E não seria difícil imaginar mais algumas semelhanças.
Diante disso, começo a crer que suas críticas ao PT são menos por uma questão de princípio e mais por uma questão de lado. Fosse outro o PT, com uma orientação à direita, e talvez você lhe perdoasse os seus inúmeros defeitos no campo da luta política e da gestão administrativa. E aproveito para lhe fazer uma provocação: até que ponto as suas críticas à cobertura dada pela imprensa dos EUA às muitas gafes da candidata Sarah Pallin não contradizem as suas queixas contra a complacência da imprensa brasileira contra as outras tantas gafes do presidente brasileiro?
Afirmar que McCain não é Bush parece-me inteiramente insuficiente tanto do ponto de vista lógico como do ponto de vista político. Durante a campanha, McCain renegou todas as políticas que o tornavam um republicano supostamente independente (meio-ambiente, imigranção e austeridade fiscal, principalmente). Além do mais, no anos anteriores, houve muito mais concordâncias do que divergências entre ele e Bush, como demonstrado pelo número de vezes em que votou conforme a orientação do seu partido. E isso nos leva ao mais importante: Bush e McCain, a despeito das suas diferenças pontuais, são homens de partido, orbitados pelos mesmos assessores, ideólogos e grupos de interesse. A escolha de discípulos de Karl Rove para conduzir a campanha no período pós-primária deixou isso muito claro. Podemos concluir o mesmo a partir da escolha da candidata à vice. Como imaginar que essas mesmas pessoas, que tantos males fizeram à ordem institucional daquele país nos últimos oito anos, que hostilizaram aqueles que julgam menos americanos quando ainda apenas controlavam o Congresso (de 1995 a 2000), iriam se reinventar de uma hora para outra pelo simples fato de que McCain não foi totalmente submisso ao condomínio Bush/Cheney?
Obama, apesar do curriculum vitae curto (fosse mais longo, provavelmente fariam com ele o que fizeram com o Kerry em 2004), também é um homem de partido e não vejo motivo para alarme. Alarmante seria não aproveitar essa oportunidade para jogar alguma luz nos porões do governo Bush II e restabelecer o respeito pela ordem constitucional naquele país." - 5 de novembro de 2008 às 05:42
- AlexandreAR disse...
-
Voltei a tratar do assunto do comentário anterior no blog do Reinaldo Azevedo ao comentar o post "Leitores, o mundo, o Brasil, Dois Córregos, fazenda Santa Cândida, eu mesmo...", de 11/11/2008. Segue o novo comentário:
"Um breve intervalo no meu auto-imposto exílio. Achei ótimo o debate. Em comentário sobre o seu post “O amigo dos e-mails da madrugada e as eleições americanas” propus vários paralelos entre as práticas políticas e administrativas de petistas e republicanos e o provoquei com a seguinte colocação: “fosse outro o PT, com uma orientação à direita, e talvez você lhe perdoasse os seus inúmeros defeitos no campo da luta política e da gestão administrativa”. Embora eu não tenha tratado de Abu Ghraib, considero a minha dúvida esclarecida.
Acerca do seu evidente entusiasmo pela doutrina “neocon”, lembro de uma relação que você e outros estabeleceram, de maneira bastante apropriada, entre o jusnaturalismo e a corrente “direito achado na rua”. Esta última apenas formalizaria a idéia de que o Direito não se esgota no conjunto de convenções que o conforma. Ora, em linhas gerais, parece-me que o neoconservadorismo, ou o “direito internacional achado na boca do canhão”, propõe algo muito similar. Claro que os objetivos estratégicos são muito diferentes (o primeiro pretende legitimar a insurreição dos ditos fracos contra os ditos fortes, enquanto o segundo tem a pretensão de legitimar o amplo uso da força pelos ditos fortes em prol do suposto bem comum), mas ambos assumem que as normas legais estabelecidas e os ritos exigidos para o seu aprimoramento não são suficientes para dar conta da complexidade do mundo real.
Além do mais, noto que os “neocons” professam uma espécie de teleologia laica, o que é um tanto surpreendente, pois isso é mais comum no pólo esquerdo do espectro político, caudatário da tradição revolucionária. Uma possível influência das origens trotskistas de alguns dos inspiradoras do neoconservadorismo (Irving Kristol parece ser o caso mais emblemático)." - 12 de novembro de 2008 às 11:08
Comente